- Parque Oeste em Inhoaíba sedia o 3º Encontro de Turmas de Bate-bola
- Escolas de Realengo, Campo Grande e Santa Cruz recebem mobiliário da Cúpula do G20
- RPMont em Campo Grande marcou presença no G20
- Sereno de Campo Grande lança o Carnaval 2025 neste domingo
- É nessa quinta-feira o teste de reinauguração do Arthur Azevedo
Senador Camará: 4º Fórum Rio reuniu 250 pessoas em diálogos sobre políticas públicas
Dos 1,7 milhão de moradores da zona oeste do município do Rio de Janeiro, 105 mil residem em Senador Camará. A renda média do bairro é de 573 reais por mês, menos da metade da média da cidade. Cerca de 32% de sua população vive com menos de 214 reais. Dos seus jovens de 18 a 24 anos, 21% não estudam, não trabalham e nem procuram emprego. Quase 10% dos moradores perdem mais de quatro horas por dia no deslocamento casa-trabalho-casa. No total da cidade, são 4%.
Neste cenário, a quarta edição do Fórum Rio, realizada no sábado (21.03), no Colégio Estadual Stuart Edgar Angel Jones, reuniu 250 pessoas com a proposta de um diálogo aberto entre cidadãos comuns, lideranças locais e da metrópole, organizações da sociedade civil e poder público em busca de soluções práticas para os imensos desafios da região. Cinco mesas de debates na parte da manhã pavimentaram o caminho para a plenária da tarde com Pedro Paulo Teixeira, secretário-executivo de coordenação de governo da Prefeitura do Rio, mediada por José Marcelo Zacchi, diretor executivo da Casa Fluminense.
Além de receber as seis propostas prioritárias da Agenda Rio 2017, documento-síntese dos diálogos promovidos pela Casa, o representante do poder público respondeu diretamente aos comentários e questionamentos de 15 moradores sobre os mais diversos temas.
“A Prefeitura deve estar aberta ao diálogo com as organizações, mas também com a Dona Maria. Precisamos tocar as pessoas. A tecnologia abre essa possibilidade. Temos um plano estratégico, mas este não esgota os investimentos da Prefeitura. Precisamos desta participação”, afirmou o secretário, que citou o Projeto Ágora Rio e o Rio 500, espaço a ser lançado para propostas para os próximos 50 anos da cidade.
Pedro Paulo abordou ainda temas como o Prêmio de Ações Locais na área da cultura, os valores menos elevados da construção de BRTs em relação ao transporte ferroviário – o verdadeiro transporte de massas -, a construção de uma grande rodoviária em Irajá, a necessidade de um espaço como o Parque Madureira na Zona Oeste, a importância da criação de uma secretaria de integração metropolitana pelo governo estadual e a tentativa de levar os condomínios do Minha Casa, Minha vida, do governo federal, para áreas que já contam com infraestrutura.
A seguir, confira os detalhes dos debates das concorridas mesas temáticas, que contaram com especialistas e lideranças e produziram três encaminhamentos concretos cada. Elas formarão núcleos que darão continuidade aos debates por meios presenciais e virtuais:
Mesa discute Cultura e Jogos Olímpicos
Mesa 1 – Cultura e Jogos Olímpicos: o legado para a metrópole
Caráter elitista da Copa do Mundo de 2014, em especial no âmbito da cultura, que replicou modelo concentrador atual das políticas públicas, corre o risco de ser repetido para os Jogos
Mesa 2 – O direito à segurança pública na Zona Oeste
Em sua totalidade, município do Rio de Janeiro apresentou declínio considerável de homicídios na última década, mas o cenário na Zona Oeste continua preocupante
Mesa 3 – Plano de mobilidade urbana sustentável
Incentivar a oferta de emprego nos subúrbios e desestimular a utilização do automóvel, expandir e melhorar as ciclovias e bicicletários, principalmente nas periferias, e ampliar a fiscalização dos consórcios de ônibus e a participação da sociedade civil nas decisões sobre frota foram propostas levantadas na concorrida mesa
Mesa 4 – Protagonismo da juventude e políticas públicas
Pressionar pela descentralização dos recursos estatais, que precisam chegar aos realizadores na ponta, caminha lado a lado com a criação de possibilidades de atuação autônoma e sustentável, concluem os participantes
Mesa 5 – Como enfrentar a crise hídrica a partir do território?
Para debatedores, distribuição desigual da água tem motivações políticas e econômicas, não naturais ou técnicas; solução passa por transparência na gestão e participação social
{loadposition folhadaterra-posicao10}
{jcomments on}